Como concorrente, encontro-me numa situação um pouco delicada para poder exprimir minha opinião sem segundas intenções, podendo ser mal interpretado e sofrer as consequências na votação.
Muito pensei e hesitei antes de escrever.
Antes de mais, informo que a minha opinião foi dado ao Javier DLF em privado logo na hora que dei conta da alteração do regulamento muito antes de sequer votar.
Fi-lo por convicção e ética.
Com apenas 25 votos que não chega a 1,2% dos votos possíveis, já os ânimos estavam ao rubro. Obviamente havia duas correntes de opiniões: os que estavam a favor e os que estavam contra as alterações do concurso.
Apesar de ter uma opinião, entendi resguardar-me na esperança de tudo se acalmar e falar se algum outro concorrente manifestasse.
A liberdade de opinião e de expressão é bem mais importante do que um prémio.
Lamento apenas ter havido 6 artigos a concurso (todos com o seu mérito havendo uns melhores que outros naturalmente) sabendo que há membros que dariam uma excelente contribuição e uma luta interessante principalmente na categoria de tradicional.
Xabier; PakoSkua entre outros merecem 1 semana de jejum e 3 semanas sem conexão à Internet como castigo.
Alterar as regras do concurso é lícito e aceite antes de encerrar prazos.
A própria alteração de prazos é de menor importância e pacífico por ser benéfico. Permite alterar e melhorar artigos já entregues e concluir os trabalhos dos mais atrasados.
Nenhuma reclamação foi feita nem houve manifestação de desagrado.
O facto de se ter alterado as regras DEPOIS de ter encerrado o prazo não me parece justo nem correcto.
Dadas as circunstâncias, cada um tem o direito de pensar o que quiser.
Ninguém aqui vai dizer que o concurso está viciado, que houve influências exteriores, que houve pressões. Mas lá pensar, lá isso podem pensar.
Eu quero acreditar que tudo não passou de um infeliz decisão influenciado por um ou outro apontamento que não deveria ter existido.
Quando se opina, há que ver verso e o reverso da medalha.
Todos dão uma opinião e depois retiram-se a sacudir água do capote com a seguinte frase: a mim tanto se me dá.
Alguém já se meteu na pele de cada concorrente e pensar no que podem sentir?
É verdade que os 2 artigos na categoria tradicional são bons. E depois? Qual o problema de serem apenas 2? Há sempre um melhor que o outro. As probabilidades de vencer são de 50% o que é excelente. Porém os da categoria de Moderno as probabilidades seriam de 25%, o que também não é mau.
Meter agora todos no mesmo saco para que cada um tenha 16% de hipótese com a desculpa de serem poucos e dar mais luta não me parece boa decisão.
Que fariam se apenas concorresse 2 artigo um de cada categoria e que fossem de excelente qualidade?
Quando alguém afirma que os artigos da categoria tradicional são superiores ao da categoria moderno, só demonstra falta de respeito pelos concorrentes, falta de sensibilidade e dá azo à polémica.
Atribuir 1º e 2º prémio a qualquer categoria altera equilíbrios e mexe com os sentimentos dos concorrentes.
Aqueles que não concorreram deviam guardar silêncio por respeito e não inflamar as hostes. Influenciar é interferir negativamente desnecessariamente.
Tão pouco devemos entrar em radicalismo.
Também sugerir que meu trabalho deve ser classificado como tradicional revela falta de informação ou tem outros intuitos.
O método de “wood strip” é bem recente com poucas décadas comparativamente com centenas ou milhares de anos como os “skin on frame”.
Não só pela técnica como os materiais aplicados tais como manta de fibra de vidro e resina epoxy.
Penso que a haver alterações, sugestões ou reclamações, deveria partir dos concorrentes e não dos eleitores.
Manter-se ou desistir é da responsabilidade de cada concorrente.
Sou favorável de que a votação se mantenha nos moldes actuais porque estão em causa 2 prémios, pois se não toca a mim, há-de tocar a outros.
É sempre melhor tocar a alguém do que a ninguém, (eis meu parecer salomónico).
Que haja abstenção de opiniões durante a votação por uma questão de ética e respeito.
Que haja tolerância.
Que haja beneficio da dúvida.
Que se confie no bom juízo do eleitores.
Que se apoie a iniciativa de Javier DLP independentemente de qualquer resultado.
Que ganhe os melhores.
Que no final se brinde e se dê os parabéns a quem de direito.
Um bem haja a todos.
Silvério
P.S.
Escrevi em portugués para não cometer erros na tradução.
Se alguém quiser traduzir, eu ficaria agradecido.